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segunda-feira, 21 de março de 2011

O TERROR DO PRECONCEITO!

       A vida é simplesmente algo muito complexo! Somos seres que possuem consciência da própria finitude! Sabemos que vamos morrer, mas, mesmo assim, tentamos ignorar essa nossa certeza mórbida. Se pensássemos um pouco mais sobre a nossa fragilidade e fugacidade, com certeza não cometeríamos tantos crimes contra a nossa própria "espécie". 
     Muito nos revoltam as situações de injustiças contra os mais fracos. Não podemos ver uma criança apanhando de um adulto e ficarmos indiferentes com tal atitude. Não podemos ver idosos sendo agredidos. Não somos capazes de suportar cenas reais de violência. Não nascemos para relevar a agressão aos nossos semelhantes. Isso deve ser quase consenso!
       Mas, por que agimos com pré - conceitos com as pessoas? Muitas vezes, não conhecemos determinada pessoa, mas a julgamos por parâmetros afoitos e impulsivos. Somos muito céleres para pronunciar o nosso veredicto sobre aqueles que nos são desconhecidos. 
     Hoje, em pleno século XXI, vemos (ou nós mesmos fazemos) atitudes horrendas vindas de seres humanos e dirigidas a outros seres humanos. Numa sociedade (Ocidental) em que a liberdade, a individualidade e o direito à dignidade são bandeiras constantes, constatamos muitíssimas contradições patentes.
       Como ser livre, quando você não se encaixa nos padrões de beleza, de peso, de cor, de pensamentos, de religião, de etnia e de sexo, ditados pela pretensa onipotência da ditadura vigente? E qual é o problema hoje?
      Ser muito magro, ser muito gordo, ser punk, ser pobre, ser negro, ser indígena, ser da zona rural, ser muito pequeno, ser muito grande, ser "feio", ser homossexual, ser ateu, ser de uma outra religião, ser analfabeto, ser idoso, ser excepcional, estar doente, ser calvo, ser albino, etc. Tudo isso é visto como PROBLEMA para uma casta, regida pelo capitalismo selvagem, que sequestra milhões de mentes sadias com este engodo de aparências.
       Infelizmente, a cultura das aparências está se impondo. Não devemos fechar os olhos para o que há de belo e grandioso nas pessoas. Seria melhor se nós todos nos esforçássemos para ver além da crosta. Geralmente, dentro de uma concha apagada e opaca, encontra-se uma pérola magnífica e valiosíssima. 
Não maltratemos as pessoas ao nosso redor, pois são elas que nos darão as mãos quando as nossas já não tiverem forças para segurar! 

Um comentário:

  1. Muito legal seu blog ja estou seguindo abraços
    http://blogandodemadrugada.blogspot.com/

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COMENTÁRIOS

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MANUEL BANDEIRA

POÉTICA!

Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
protocolo e manifestações de apreço ao Sr. Diretor.
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o
cunho vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas

Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de excepção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis

Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora
de si mesmo
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário
do amante exemplar com cem modelos de cartas
e as diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc.

Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare

- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.